segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Jan Moura

Pesquisador de teatro, formado pelo Núcleo de Teatro do CEFET-MT em 2002, trabalha na área desde 1999. Membro fundador da Confraria dos Atores, em 2004, onde já trabalhou como produtor no espetáculo Re-Trato Boca de Ouro, trabalho que já percorreu vários festivais do país. Atualmente é ator no espetáculo Outros Quintanas. Está dirigindo o novo espetáculo da companhia prevista para estrear em 2008. Tem como filosofia o trabalho de ator enquanto criador, pesquisador profundo das teorias do teatro contemporâneo e atento as novas técnicas de apropriação da arte.

Área de atuação: Teatro
Atividade: Direção e Atuação

Peças onde atuou como ator:
Arca de Noé e o Contraponto dos Animais – Direção: Gilberto Nasser - 2001A Palavra Morreu – Direção Gilberto Nasser – 2002O Cavalinho Azul – Direção Maurício Ricardo – 2003Romeu e Julieta – Leitura Dramatizada – Direção Gilberto NasserA Outra Face que nóis não vê – Direção: Alexandra Valentim – 2003O Inspetor Geral – Direção Geral Gilberto Nasser - 2002O Rei Leão – Direção Geral Mauricio Ricardo – 2004Flor de Obsessão – Direção Jan Moura - 2005Descontruções do Real Imediato – Direção Jan Moura - 2006

Peças onde atuou como diretor:

2003 - Sétimo Dia2003 – Na Intimidade a Coisa Muda de Figura2005 – O Incrível Caso do Homem que Queria ser um Abajur2005 – Flor de Obsessão2005 – Vídeo: "Já!?" (10min)2006 – Descoisa – Vídeo e Corpo (Vídeo-performance)2006 – Leitura Dramatizada – O Homem e o Cavalo – Oswald de Andrade2006 – Descontruções do Real Imediato (performance)

Peças onde atuou como produtor:

Outros Quintanas – (2006) Direção: Leandro BritoDescontruções do Real ImediatoDescoisa – Vídeo e corpo (2006) Re-Trato Boca de Ouro – (2005) Direção: Jonatas RodriguesFlor de Obsessão – (2005)


Contato:
Tel.: (65) 8407-1184
janmoura@gmail.com
http://www.confrariadosatores.blogspot.com/

sábado, 16 de agosto de 2008

Sérgio Luiz Brito

Área de atuação: Audiovisual
Atividade: Diretor, roteirista e produtor

Documentários realizados:
A Terra e o Tempo – Vozes do Quilombo, 54 min. 2006, Roteiro e Direção
Vozes da Integralidade – 55 min. 2006 – Direção e Roteiro
Em busca das vozes da integralidade 23 min.2006 – Direção e Roteiro
Sentinelas do Tempo Mulheres Quilombolas – 23 min. 2004 - Direção, Roteiro e Produção
Encontro do Fórum de Cultura em Campo Verde/MT – Direção (em finalização)
Prêmio Mulher Mato-Grosso – (Direção e roteiro) 20 min. 2001
Cavalhada de Poconé – (roteiro e direção de edição) 2001
Mascarados de Poconé – (roteiro e direção de edição) 2001
Envenenando a Vida – (Direção e Co-roteirista) 33 min. 2000
Orquestra de Cordas – Meninos da Grota – em edição
De Peito Aberto – 15 min. 1997 – Co-roteirista e Co-direção
Um Pacto Pela Vida – 27 min. 1997 - Co-roteirista e Co-direção
Arqueologia do Futuro: Saúde e Ambiente no Semi-Árido – 32 min. 1997 – Co-roteirista e Co-direção
Contaminação da Biblioteca de Manguinhos – 10 min. 1997
Bolsas de Coleta – 22 min. 1996 - Co-roteirista e Co-direção
Complexo Industrial de Bio-Manguinhos – 05 min. 1996 Direção e co- roteirista
Contradições – 15 min. 1997 – Direção coletiva UFF
Questão de Gosto – 05 min. 1999. Direção Coletiva UFF


Programas para TV
Edição da série de 20 Programas sobre Saúde para TV Universitária – Canal 16 NET/RJ
Programa Canal Saúde – TV Executiva Embratel – Edição da série de 40 programas

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Sobre parafusos e câmaras temáticas

Assinam: Espaço Cubo, CUFA, Wander Antunes, Sérgio Luiz Brito, Volume, Confraria do Atores e Movimento Panamby

Às vezes somos levados a pensar que grandes obras de arte são produzidas sem nenhum esforço por parte de seus criadores, esses seres geniais. E temos essa percepção porque, muitas vezes, seus autores são os primeiros a negar qualquer nível dele em suas realizações. Geralmente estão enganados, ou fazendo charme, porque, vamos combinar?!, nada de bom acontece sem que algum nível de esforço tenha sido empregado em algum momento. Mas o que de fato acontece é que quase sempre, dada a paixão envolvida, seu realizador nem percebe o quanto investiu, o quanto se superou para chegar ao resultado de um determinado trabalho. Coisa de quem faz o que gosta.
E se o mundo está repleto de grandes obras desenvolvidas individualmente também há grandes obras empreendidas por um coletivo, embora muitas vezes, por uma enorme injustiça, ela não seja percebida como tal. Uma grande obra coletiva é essa que os artistas cidadãos vêm realizando em Mato Grosso. Eles têm suado a camisa para levar boa música, bom teatro, boa literatura, bom cinema, a leveza da dança, para levar alegria e reflexão, para ampliar os horizontes, enfim, de todos os que vivem nesse estado. E, no entanto a importância e alcance de seu projeto estético-social muitas vezes não é percebida, não é defendida e não é compreendida. E essa incompreensão ocorre, muitas vezes, por parte daqueles que têm o dever de perceber e ampliar o alcance social dessa grande obra coletiva, até por conta dos papéis que assumiram, das posições em que se colocaram posições pelas quais quase sempre lutaram arduamente, mesmo quando alegam tê-las assumido quase à revelia, apenas para atender ao tantas vezes evocado clamor popular. Que nada!, em 99% dos casos o que fizeram foi suar a camisa para ocupar posições de mando. E quem suou a camisa para obter o poder de tomar decisões em nome de uma comunidade perde o direito a incompreensão, perde o sagrado direito à ingenuidade e à ignorância. Suas decisões trazem conseqüências, boas ou nefastas para o coletivo. O que não significa dizer que não tenham o direito de errar – que é humano - aqui e ali, quer dizer que precisam ser bons ouvintes, que devem migrar do erro pro acerto o mais rápido possível. Para acertar mais e errar menos é preciso ter apoio, aprender com a experiência do outro. Ninguém sabe tudo. Eventualmente, na vida privada, o indivíduo que se especializou em uma determinada função pode até se dar ao luxo, o que quase sempre se revela má idéia, de se beneficiar menos da experiência dos outros. “Eu faço parafusos muito bem feitos, com eles pago meu caviar e ponto final, ninguém tem nada com isso”, podem dizer e ir tocando suas vidas. Na vida pública não! O personagem que se proponha a ocupar esse espaço não pode se dar ao luxo de entender só de parafusos. Por isso quem ocupa espaços públicos deve cercar-se de boa assessoria. E pra além dela, recorrer àqueles membros da comunidade que possam contribuir para a compreensão de um determinado tema. A Assembléia Legislativa de Mato Grosso fez isso ainda há pouco, quando convocou uma Câmara Temática de Cultura para “estabelecer um canal de diálogo entre os governos municipais, estadual e federal, visando à estruturação de um planejamento voltado para o fortalecimento da política cultural do estado, respeitando as características de cada município”. Entretanto, seja por questões regimentais, seja por não ter permitido assento a um representante indicado pela comunidade cultural, a AL, também conhecida como “Casa do Povo” não abriu espaço, nessa câmara temática para as valiosas e generosas contribuições que a comunidade cultural poderia oferecer. E os cinco membros dessa câmara, três servidores da própria AL e dois outros indicados por deputados, fizeram, após uma série de oitivas, recomendações contraditórias, com destaque para a de número 6, totalmente desastrosa. E porque essa apreciação aparentemente tão negativa do trabalho da câmara temática? Porque, para começar, a bela introdução, em parte!, que abre o documento não parece ter sido escrita por quem fez as recomendações nele contidas. Convenhamos, quem constrói o pensamento reproduzido a seguir não poderia concordar com a recomendação de descontinuar ações culturais, feitas mais adiante pela câmara: “O século XXI nasceu com o desafio de ir além do reconhecimento antropológico da diversidade cultural como maior patrimônio da humanidade. Não se trata de abandonar a contínua tarefa de reafirmação deste princípio – trabalho constante de pesquisadores e educadores – mas de agregar a essa tarefa a urgência do enfrentamento de sua dimensão política e econômica. Para tanto, necessita-se fortalecer os conceitos que sustentam os discursos e transformam a palavra em ação, para que se consiga a transformação desejada”. E, de fato, uma rápida pesquisa no Google demonstrou que a parte constituída por idéias maiúsculas dessa introdução, como o trecho reproduzido acima, não pertence aos membros da câmara, fora fruto do velho e bom control C/control V. Ou seja, primeiro a gente copia, depois a gente cola – prática comum em trabalhos escolares realizados por alunos preguiçosos. E se por um lado não passa pela cabeça de ninguém afirmar que a câmara temática tenha sido preguiçosa, ou pretendeu que a reflexão de outro fosse tomada como sua, conclusão a que alguns podem chegar já que ela não citou a fonte, também é verdade que, e isso passa sim por nossas cabeças, ela foi de uma monumental deselegância ao omitir o autor do texto: o Prof. Dr. José Márcio Barros, da PUC mineira. E também é verdade que, uma vez não tendo o citado José Márcio Barros tomado parte nessa câmara, talvez seja melhor esquecermos a introdução, até porque ela parece pouco sintonizada com as recomendações propostas, bastante reveladoras daquilo em que seus membros parecem realmente acreditar, sobretudo a sexta delas: “Os Projetos aprovados não poderão ser contemplados no exercício subseqüente”. Uma recomendação em total contradição com uma outra feita pouco antes, a que propõe prioridade na “aprovação de projetos pela contribuição que os mesmos possam proporcionar ao desenvolvimento cultural de nosso Estado”. Mas a descontinuidade desses projetos no ano seguinte, mesmo quando seus autores entendam que eles devam ter continuidade – já que projetos aprovados não poderão ser ‘contemplados’ no exercício subseqüente – não equivaleria ao desmonte de ações capazes de proporcionar o desenvolvimento cultural em nosso Estado? A idéia é essa? Mato Grosso ganha com isso? Ou, fazendo uma leitura simplista e certamente equivocada da coisa, o que se quer é reduzir tensões, garantindo um rodízio de proponentes? Essa proposição de descontinuidade não se aplica, parece-nos, às ações institucionais, como, a título de exemplo, as empreendidas pela UFMT – cuja coordenação cultural atualmente está sob o comando de Fabrício Carvalho, também membro da câmara temática a convite do deputado Alexandre César -, que certamente consideraria uma violência a interrupção de suas temporadas de concertos sinfônicos ou de suas outras ações culturais de caráter continuado. Mas infelizmente, e talvez inconscientemente as recomendações da câmara temática traduzam isso, é como se fora do mundo institucional, hierarquizado e até, em não poucos casos, controlado politicamente, não houvesse proposição digna de continuidade. E tem! Sim, elas existem!! Talvez excessivamente livres, dirão alguns. Que vulgares! torcerão seus narizes os adeptos da elegância vazia. Mas que grau de controle exercemos sobre isso?, perguntarão outros, em seu secreto desejo de controlar o mundo. E a todos eles precisamos dizer que fora do mundo institucional existem proposições da maior importância em curso, cuja continuidade deve ser assegurada. E é preciso dizer que todas essas ações, quando analisadas em conjunto, constituem uma grande obra coletiva – uma ação meio que complementando outra. Só que ao contrário dos grandes gênios, aqueles do começo deste texto, que ou não notam ou não admitem o grau de esforço que fizeram, os artistas mato-grossenses sabem o quanto lhes custa empreender suas ações, realizar suas obras. Dificuldade que não se manifestam no fazer em si - e quando se apresentam são bem-vindos desafios enfrentados com prazer, são um convite ao crescimento -, elas estão na já mencionada ausência de resposta daqueles que deveriam compreender a importância social de sua ação e apoiá-los. E eles só têm a lamentar que uma câmara temática se reúna e ao fim recomende a descontinuidade do apoio a suas ações, mesmo que elas tragam grande contribuição ao desenvolvimento artístico e cultural do estado.

Kelson Panosso

Área de atuação: Artes Cenicas
Segmento: Dança

Formação: Graduado pela Royal Academy of Dance de Londres com especialização em Ballet Clássico, Dança Contemporanea, Jazz Dance, Sapateado Americano e Pilates. Estudou com importantes nomes do cenário artistico nacional e internacional, como Lennie Dale(USA) , Zdenik Hample(HUN)Hector Zaraspe(ESP), Aldo Lotufo, Jane Blauth, Nino Giovanetti entre outros.

Atividades: Professor, coreógrafo e produtor cultural

Espetáculos que dirigiu: Participou de todos os espetaculos anuais de dança do Ballet Caroline de Cuiabá apartir de 1981, tendo dirigido varios deles, com destaque para O Magico de Oz, A Bela e a Fera, Annie , O Corsário, O Quebra Nozes, Coppelia, Paquita, A Bela Adormecida, Dançando sob o Sol e outros.

Espetáculos onde atuou: iniciou sua s atividades com bailarino em 1981 em Cuiabá, tendo participados em inumeros espetaculos regionais, nacionais e internacionais. Vale ressaltar os Ballets Completos: Cinderella, Lago dos Cisnes,Carmen, O Quebra Nozes, Paquita,Coppelia, La Fille Mal Gardee, Les Sylphides, além de inumeras coreografias e trabalhos de criação de coreografos como Lennie Dale, Carlos Aguero, Luis Carlos Nogueira, Steven Harper entre outros.

Espetáculos que produziu: Meu Sertão, Cuiabá dos meus Sonhos, Hip Hop Rodeio e Pantanal, para a Cia de Dança Ballet de Mato Grosso, além de varios shows musicais para Moises Martins, Vera Capile, Dois a Um, Carlos e Alessandro, Marcos Paulo e Juliano entre outros.

Contato:
Telefone: (65) 9983 2607
E-mail: kj_panosso@hotmail.com
site: http://www.grupocaroline.com.br/

Wander Antunes

Área de atuação: Literatura e quadrinhos
Atividades: Contista, roteirista de histórias em quadrinhos e editor

Atuação como contista:
Trabalhinho em Cáceres - Verso e Prosa 1, 1998, e na coletânea A margem esquerda do rio, 2002;
Conto de Natal - Verso e Prosa 2, 1998;
Tempestade Sobre a Montanha - A margem esquerda do rio, 2002;
Bons tempos aqueles - Estação Leitura 4, 2005
Na praça Estação - Leitura 7, 2007
Baleia - Estação Leitura 10, 2008

Atuação como roteirista de quadrinhos:
Blues Bar - Lúcifer 2, Circo editorial, 1995;
Crônicas da província - Vote! 1 a 4, 1998 e em álbum pela editora Via Lettera e UFMT, 2000;
Dora - Vote! 5, 1998, e na coletânea FRONT, 2002;
Ernie Adams editions - Editions Paquet, França, 2004;
Big Bill est mort - Editions Paquet, França, 2005;
Vielle Amerique - Editions Paquet, França, 2005;
L´oeil du diable - Editions Paquet, França, 2006;
Ernie Adams 2 - Editions Paquet , França, 2006;
Paradis distant - Editions Paquet, França, 2006;
O corno que sabia demais - Pixel, Brasil, 2007
A boa sorte de Solano Dominguez - Desiderata, 2007

Atuação como editor:
Revista Vôte! 11 edições, desde outubro de 1992;
Revista Verso e Prosa 2 edições, em 2002;
Revista Estação Leitura 8 edições, desde fevereiro de 2004.

Contato:
wanderantunes@terra.com.br

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Mapear e divulgar é só começar?

Salve,

Meu nome é Wander Antunes, sou contista e roteirista de histórias em quadrinhos. Há uns vinte anos imaginava ser o único autor de quadrinhos atuando em Mato Grosso. Estava enganado e isolado, mais ou menos como todos os demais autores de quadrinhos do estado por àquela época. A verdade é que éramos, e somos!, muitos - e hoje até sabemos um pouco uns dos outros, embora não nos encontremos muito. Esse 'sabemos uns dos outros' é maneira de falar. Certamente que não sabemos de muitos outros, que também, pode até ser, talvez não saibam da gente. E, pra além dos quadrinistas, há centenas de músicos, pintores, dançarinos, escritores, atores, iluminadores e etc e etc. Sabe-se lá quantos trabalhadores da cultura existem em Mato Grosso. Uma maneira de esse gente se conhecer, e dar-se a conhecer, é através da realização de um mapeamento cultural. Já ouvi falar muito desse mapeamento, entretanto o dito cujo não sai nunca, por isso imaginei que ele possa desencantar, ao menos parcialmente, sem que pra isso se precise investir muito, graças a dona Internet. Ainda não sei como fazer, mas acho que isso se aprende fazendo. Esse blog é um primeiro movimento - provavelmente será substituído em breve por algo mais eficiente. A idéia por hora é falar com as pessoas que produzem cultura no estado, divulgar um pequeno perfil delas e publicitar seu contato. É simples e é pouco. E, claro, só um perfil de quem faz não resolve e não esgota a finalidade de um mapeamento, que "é o levantamento de dados referentes a atividades, práticas, espaços, eventos, festas, manifestações, institucionalizados ou não, de grupos e artistas em determinado território, urbano ou rural", segundo definição de Valmir de Souza, que encontrei em http://www.polis.org.br/.

Enfim, mapear e divulgar é só começar? Tomara que sim.